Temos momentos na vida que não devem ser apagados, jamais, por isto as fotos, que comprovam os fatos, tem que ser guardadas e muito bem arquivadas, para que em um futuro e em momentos com este, que escrevo as memórias de viagens, possam ser reveladas, não as fotos e sim os fatos, sem contestação.
Cracóvia, 4 de abril de 2013, um dia de intenso frio, neve e temperatura abaixo de zero, e o programa seria uma visita a um bunker (uma construção fortificada para proteger das balas e bombas da segunda guerra) transformado em restaurante e casa de shows típicos da Polônia. Saímos do hotel, caminhado, por volta das 20 horas e em pouco mais de dez minutos já estávamos à mesa, confortavelmente sentados e aquecidos.
O ambiente pedia uma bebida forte, não sou adepto da vodka, principalmente a polonesa, fortíssima, e por isto optei por um bom vinho e uma comida quente, serviram um prato típico europeu, goulash, que é de origem húngara mas é a especialidade da casa, que deveria ser acompanhado da vodka, mas o vinho escolhido desceu bem e aproveitamos bem a comida e a noite.
E o melhor ainda estava por vir, e aconteceu na hora do show de danças polacas. O costume do lugar é chamar os visitantes para bailar e muitos "pagam mico". Convidaram meu companheiro de mesa, Chico Bandeira, que recusou, e Marina disse que eu iria, e fui, e por lá exibi toda a minha categoria de dançarino e fiquei no palco para outras danças, depois de mim ninguém mais ousou subir para dançar com as belas polacas.
Foi uma noite esplendorosa, me senti um jovem adolescente, lá em Miracema, participando das noites musicais culturais promovidas pela Professora Onidea Moreira nos salões do Aero Clube. Mas que deu um frio na barriga, com medo do famoso "mico" eu confesso que deu, mas me saí bem e fui aplaudido pelo nosso grupo e por gringos que estavam na casa de show, em Cracóvia, na Polônia.
Obs - Dedico esta coluna ao maior incentivador deste blog, meu querido amigo Rogério Torres Granato, que nos deixou no triste dia 25 de fevereiro de 2021.
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