Andanças Brasil - O Caminho do Ouro - Minas Gerais

Viajar por aí e não conhecer a história de Minas Gerais, onde o Brasil começou a florescer, é ficar no meio do caminho. Um turista, por mais simples que ele seja, tem que colocar no roteiro um giro pela parte mais histórica do país, o Circuito do Ouro, que lhe dará de brinde várias cidades cuja cultura refaz o caminho do ouro, do diamante e das riquezas que saiam de Minas para enriquecer os imperadores e colonizadores portugueses e Pararty era o destino principal. Vamos viajar pelo Caminho Real. 

Congonhas - Obras de Aleijadinho

Na primeira vez fizemos a viagem de carro, saindo de Miracema, com o casal Wania e Celestino Tostes Sales, chegamos a Ouro Preto ao anoitecer e a tempo ainda de ver a cidade fervilhando e, como era dia de formatura de uma das Universidades de Minas, foi difícil achar uma pousada livre, mas com ajuda dos guias mirins conseguimos um lugar e o tivemos, nos dias seguintes, como nosso guia orientador, o que foi uma excelente escolha.

Ouro Preto

Mas antes de chegarmos a Ouro Preto, passada rápida por Congonhas, cerca de 60 km antes,  para ver as obras de Aleijadinho. Os 12 profetas, principalmente, a cidade abriga ainda a Basílica de Bom Jesus do Matosinhos (foto acima) cujo trabalho do artista mineiro é considerado Patrimônio da Humanidade.

Marina - Teatro de Ouro Preto

Bem, chegamos a Ouro Preto e fomos jantar em um restaurante dominado por universitários e me senti um garoto, rejuvenescido talvez pela água do Chafariz da Fonte dos Contos (ao lado) construído em 1745.

Praça Tiradentes - Ouro Preto 

E por lá andamos pelas igrejas, são várias, infelizmente não nos deixaram fotografar o interior, visitamos as minas e dezenas de lugares incríveis, como a Praça Tiradentes, o Museu da Inconfidência e o Cine Theatro Vila Rica, visita obrigatória para quem gosta de cultura. 

Dois dias depois já estávamos na Estrada Real novamente e a primeira parada foi em Mariana, gostaríamos de ir de trem, cuja viagem é extremamente cultural e romântica, mas foi impossível devido a hora e nosso curto tempo, mas seguimos de carro até lá e com tempo suficiente para ver as Igrejas de São Caetano e a incrível Igreja de Bom Jesus do Monte. Mariana, mesmo com uma curta passagem, cerca de três horas, foi uma bela escolha do quarteto. 

Com Celestino e Wânea = Tiradentes

Pé na estrada, que é ainda a Estrada Real, até Tiradentes, que se tornou uma dos maiores centros históricos da arte barroca mais bem preservados do Brasil, por isto agora tem uma grande importância turística. Tiradentes. na metade do Século XX, foi proclamada patrimônio histórico nacional e suas casas, com lampiões, suas igrejas, seus monumentos, recuperados e suas ruas tombadas devido ao espetacular calçamento com pedras em toda a cidade. 

A Maria Fumaça - Ouro Preto

Voltamos a Tiradentes, eu e Marina, no ano passado, com os amigos do Condomínio Itaparica, José Mario, Marco Aurélio e Paulinho Máquinas, e, claro todos acompanhados com esposas e fizemos o tour desta vez saindo de São João Del Rey e com direito a viagem na Maria Fumaça entre estas duas cidades histórias de Minas Gerais. 

Semana Santa - Ouro Preto

São João Del Rey, na sexta-feira da paixão, inexplicável, inesquecível e contar em poucas palavras, aqui no espaço, é complicado, melhor é colocar uma foto e ponto. 

As madames no chá - Ouro Preto

O final de semana, que prometia, foi acima do esperado e as andanças pela cidade, a pé, com paradas obrigatória para as visitas aos botecos, os museus, as igrejas e andar pelas ladeiras e becos da antiga cidade mineira, ao lado de bons amigos, foi realmente um belo programa. 

E, como eu dizia acima, a volta a Tiradentes foi apoteótica, de Maria Fumaça, e da música mineira, que nos acompanhou durante todo o trajeto fazendo coro ao apito da locomotiva. 

A tropa campista no Trem para Tiradentes

Um caminho a ser feito por quem curte mesmo o interior rico em cultura ou para quem quiser ganhar um conhecimento enorme da história do Brasil, a verdadeira história do Brasil começa aqui, no Caminho Real, e quem não quiser perder o bonde, ou melhor o trem da história, é melhor ir arrumando a grana e procurando um tempo para conhecer os Caminhos e a Estrada Real para saber o que é que nos precedeu e o porque dos portugueses ficaram tão encantados pelo povo e pela riqueza do solo brasileiro.