Cheguei a Paraíba, mais precisamente a sua capital, João Pessoa, de forma diferente de todas as viagens que fiz nestes últimos quinze anos de viagens pelo mundo.
Saí de casa com a passagem comprada e com o hotel reservado e pago. Não pensei em programas, juro que não acreditava em programas legais para os sete dias contratados, pensei em ir a Natal e até sondei a possibilidade de ir a Aracaju por dois dias para preencher o tempo.
Ledo engano. Margareth Damian estava certa quando me disse: "Amigo, vocês irão amar a Paraíba, se preparem para um excelente passeio."
E fomos nós pensando positivamente e, logo ao chegar ao aeroporto sentimos que seria diferente, a guia enviada pela Luck Receptivo, foi de uma cordialidade espetacular, fechamos de cara os cinco programas oferecidos e recusamos o de quinta-feira, quando a noite estava reservada para um evento com forró pé de serra e shows de dança e humorismo, já estou acostumados a este tipo de programa e tinha certeza de que seria legal.
E lá fomos nós, eu e Marina como sempre, acordar cedinho e partir, no ônibus da Luck, tendo como guia a moça que nos recebeu, a simpática Amanda, e nosso primeiro destino foi o Litoral Norte com Cabedelo e o famoso entardecer na Praia do Jacaré, Bolero de Ravel como fundo musical, para assistir ao pôr do sol mais famoso do Brasil, quem toca é o conhecido artista regional, Jurandir do Sax, que já se apresentou neste programa por 6.143 vezes até aquela segunda-feira, dia 15 de setembro de 2017.
Um dia bem aproveitado e com passeios bem distribuídos, como a visita a Fortaleza de Santa Catarina, construída em 1639 para proteger a cidade dos ataques dos holandeses, uma palestra interessante sobre o Projeto Tamar, na Praia do Bessa, e tempo para fotos no Marco Zero da Rodovia Transamazônica, além da boa comida regional no Restaurante Lovina.
Começamos bem nossa programação da semana na Paraíba.
E o tour pela Paraíba continuou, saímos do hotel bem cedo, é preciso aproveitar o dia, rumo a Cabedelo, na grande João Pessoa, onde fizemos um pit stop em um dos belos bares à beira mar para pegar um catamarã rumo a Ilha da Areia Vermelha, um dos pontos turísticos mais procurados da Paraíba.
Ilha da Areia Vermelha é visível apenas na maré baixa e naquele dia, 16 de setembro, a maré estava em nível 0.1, segundo os especialistas a melhor para esta visita, e atravessamos via canela o trecho de água do oceano que separava o barco da ilha. Belo passeio, um visual maravilhoso e uma paz incrível, no lugar não há bares, restaurantes, ambulantes ou qualquer outro tipo de comércio, é uma ilha deserta e não habitável, que nos oferece apenas duas ou três horas por dia para visitação. 4
Na quarta-feira o melhor da semana e do passeio, ida a lugar bucólico e que nos ofereceu um dia intenso de emoções vividas intensamente. A primeira parada, após três horas de ônibus pela Transamazônica, chegamos a cidade de Cabaceiras, conhecida como Roliude do Nordeste, em alusão a sua fama de cidade cinematográfica, entre os dez filmes rodados no lugar se destaca "Auto da Compadecida", que rendeu uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro.
Uma curiosidade: Os moradores de Cabaceiras cerram todas as portas da cidade, inclusive o comércio, de 12 às 14 horas, a famosa siesta, uma tradição espanhola que chegou à cidade e ficou. Vimos as famosas praças onde aconteceram as filmagens, a igreja que ficou conhecida depois da última cena do filme e, infelizmente, não deu para comprar os artesanatos em couro de bode, tradicional da cidade, devido a tal de siesta do povo de Cabaceiras.
Mas o melhor estava por vir depois da pausa no Hotel Fazenda, onde almoçamos e descansamos para enfrentar uma grande jornada vespertina. Três da tarde saímos rumo ao Lajedo do Padre Mateus, um lugar incrivelmente belo e dentro da caatinga nordestina, onde pudemos olhar a plantação, o sofrimento do povo da região e a alegria destes em receber os turistas brasileiros e europeus que visitam diariamente o bucólico lugar.
terras paraibanas, não poderia ter sido melhor. Tiramos a quinta-feira para uma pausa de descanso e logo ao acordar, mais tarde do que o normal durante a viagem, tivemos uma grata surpresa, uma ligação do conterrâneo e amigo, Luiz Henrique Cordeiro Leal, o Lity, há muitos anos morador de João Pessoa/Cabedelo, e que nos pegou no hotel para um giro pela capital da Paraíba, antecipando o city tour que seria no sábado, e nos levou para um giro completo pela grande João Pessoa.
Poderia dizer que foi muito interessante, mas estaria mentindo, foi excelente e surpreendente, falamos da nossa terra, dos nossos amigos, ouvi histórias maravilhosas sobre a o estado em que estávamos e visitamos alguns lugares, na capital, que fizeram a história da fundação de João Pessoa, além de conhecer sua simpática e educada esposa, Ana Valéria, que nos recebeu em sua residência em uma rápida passagem por lá.
Eu e Marina, recepcionado pelo Lity, vivemos um dia diferente, andamos a pé pelo centro histórico, pela orla e pudemos voltar ao Marco Zero da Transamazônica para fotos e na volta ainda teve, como bônus do anfitrião, uma pausa no pórtico já conhecido pelo Brasil inteiro, onde tem a frase que agora eu posso dizer com peito aberto, "Eu amo Jampa".
Depois de um breve e revigorante repouso, no hotel, onde chegamos por volta das cinco da tarde, nos preparamos para um evento, esperado desde a hora que chegamos, que seria realizado em Cabedelo, naquele ótimo restaurante a beira mar, o Lovina, onde os artistas regionais, liderados pelo Jurandir do Sax, estariam no palco para o show Paraíba By Nigtn, ou simplesmente Paraíba, Sim Senhor, que nos deixou maravilhados pela simplicidade e pela excelência da qualidade musical e artística do povo paraiban
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