Andanças - Varsóvia, de Chopin a Auschwitz, do terror

Varsóvia - O monumento a Chopin 
Saímos de Cracóvia ao amanhecer, logo após o café da manhã seguimos para a capital, Varsóvia, terra devastada na Segunda Guerra e totalmente refeita, em seu centro histórico, e que hoje recebe milhões de turistas anualmente para ver de perto o Gueto de Varsóvia, a Praça do Mercado, a Sereia de Varsóvia, cuja lenda corre o mundo. 

O desejo do escriba era conhecer o Estádio Nacional da Polônia,
Visitando o Estádio Nacional de Varsóvia
onde foram disputados alguns jogos, entre estes a final, da Eurocopa, novo e moderno o estádio é um dos pontos mais visitados da capital polonesa. Outro fato que marca a nossa presença, eu e Marina, em Varsóvia é a nossa primeira visita a um shopping em sete anos de viagens internacionais, sabem porque? 
Marina no Parque de Chopin - Varsóvia 2013

Explico: Frio de -3, neve caindo e entupindo as ruas, que ficaram intransitáveis, meu casaco mais forte estourou o zipper e lá fomos nós buscar refúgio em um destes estraga passeios na Strego Miasca, no lado novo da cidade. Lá tive o desprazer de ouvir, pela primeira vez, Michel Teló e a sua famosa "Ai se te pego" e nem sequer comprei o casaco novo ou troquei o zipper, saí rapidamente do andar em que estávamos e fomos buscar refúgio na Praça da Alimentação, com uma vodka polonesa e um pierot, que é nada menos do que um capelette italiano bem ao estilo polonês. 

O monumento do Gueto
Dois dias a mais na cidade e com tempo de sobra para conhecer parte do Gueto de Varsóvia, local de um dos mais tristes episódios promovidos pelos desumanos e bárbaros homens de Hittler,  ali viveram cerca de 400 mil judeus, expulsos da cidade para posteriormente serem levados para Treblinka, em Auschiwitiz e o final da história todos nós sabemos. 

Fim do programa em Varsóvia e seguimos para
Auschiwitiz, o horror morou aqui
nosso penúltimo destino: Aushwitiz, localizado no Sul da Polônia, próximo a Alemanha, este campo de concentração, que dizimou milhões de judeus de forma covarde e desumana, hoje mostra para a geração atual, que não viveu os terrores da segunda guerra e a barbárie dos nazistas alemães, o retrato fiel do que passou aquele povo. 

Auscchiwitz foi o centro do holocausto, mas os próprios alemães resguardaram o lugar, os poloneses conservaram e até hoje mantém viva a memória de tudo aquilo que aconteceu nos portões do campo de concentração. 

Seria esta a Casa Grande do terror?
Estivemos por lá uma manhã inteira, observando e analisando como foi e não encontramos sequer uma resposta honesta para toda aquela carnificina. Um dos lugares que mais me impressionou foia a chamada "Casa Grande" que foi, inclusive, cenário do filme "O menino do pijama listrado", emoções afloradas por cinco horas seguidas e lágrimas escorrendo pelo rosto por todo este período. 

E nossa passagem pela Polônia terminou realmente em muitas lágrimas, mas compensou pela visita a cidade do Papa João Paulo II, pelas danças em Cracóvia, pelo passeio por Varsóvia e conhecer um pouco de um país que foi valente e soube dar a volta por cima. Próxima e última parada, de 2013, Berlim.


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