Causos de Andanças - Paris, humilhado por turista asiática


A minha Nikon aposentada
Paris sempre é acolhedora, nas três vezes que por lá estive, 2008, 2011 e 2013, os asiáticos sempre foram  a maioria esmagadora entre os milhões de turistas que por lá passam, anualmente, e por isto os causos acontecidos com eles, bons ou ruins, sempre fazem a diferença para quem gosta, como eu, de contá-los por aqui ou em outro veículo de mídia. 


Este povo, alegre e viajante, é encontrado em todas as partes da Europa e em todos os períodos do ano, chuva, sol, frio, calor, inverno ou verão não faz diferença para eles e se você andar por aí, viajando a negócios ou em turismo, esbarrará sempre com um japonês, um chinês, um coreano e até um vietnamita, como é o caso deste causo que narro hoje.

Marina no  Bateaux Mouche 


Antes da nossa terceira viagem ao Velho Mundo Marina resolveu comprar uma nova máquina fotográfica, uma Nikon, semi-profissional que, segundo os especialistas, a mais moderna daquele ano de 2011, uma máquina de alta tecnologia, dizia na época Leandro Nunes, jornalista com experiência em fotografia e meu amigo pessoal. 
Galeria Lafayete, ponto obrigatório de parada


Nosso primeiro ponto de parada foi Paris, descemos no Aeroporto Charles De Gaule, no dia seguinte teria um motivo para estrear bem minha Nikon, o passeio pelo Rio Sena estava programado para o entardecer da sexta-feira e, como já tinha feito este cruzeiro, três anos antes, sabia que uma boa máquina fotográfica me daria excelentes fotos. 


Na orla do Rio Sena
Chegou o final da tarde e lá estávamos, juntamente com centenas de asiáticos, para entrar no Bateaux Mouche e vislumbrar a beleza de Paris, o maravilhoso pôr do sol, que deixa a Torre Eiffel muito mais bonita.  Baterias da Nikon carregadas e as reservas no ponto para serem utilizadas caso necessário. 


No Bairro Boêmio, claro, de Montmatre
Quando comecei a clicar as margens do Sena uma asiática, depois fiquei sabendo que era uma vietnamita, do Vietnã do Sul, resolveu montar seu equipamento fotográfico justamente ao lado de onde eu e Marina estávamos sentados. Colocou o tripé, ajustou a máquina sobre ele, ligou o controle remoto e por onde andava fazia pose e clicava no botão em sua mão. 

No Rio Sena, humilhado 
Fiquei intrigado com aquilo, a moça fazia pose e disparava o botão e a máquina fazia o foco exatamente como ela queria. Olhava para a minha máquina, segundo os especialistas brasileiro o que há de melhor em tecnologia, e pensava comigo mesmo. Puxa vida, eu aqui, exibindo uma máquina acreditando ser o que há de melhor e ela, a moça asiática, "humilhando" todos nós com sua ultra-possante e ultramoderna Samsung digital e com sensor de localização. 

Pose para Nikon, na orla do Sena
Ela, a vitnamita, passeou pelo convés do navio, fez pose, se exibiu e depois, calmamente, foi até onde estava o tripé, sacou a máquina e começou a enviar, via Internet, as fotos para as amigas e familiares. Claro que pedi para ver e lá estavam as fotos mais sensacionais que já tinha visto até aquele momento. 


Guardei minha máquina e pensei, novamente, o Brasil está anos luz atrasado em matéria de tecnologia, seja ela qual for. E continua. 

Comentários